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Individualidade e personalidade

julho 7, 2024

A nossa aparência exterior deve espelhar a nossa realidade interior

“A lei do Amor substitui a personalidade pela fusão dos seres.”
Lázaro[1]

Há que se estabelecer a diferença existente entre individualidade e personalidade.  Segundo Emmanuel:

“(…) a essência, [o ser em si mesmo], constitui a individualidade, que avança mediante o processo reencarnatório, adquirindo experiências e desenvolvendo aptidões que lhe jazem inatas, heranças que são da sua origem divina. Agora, a expressão temporária, adquirida em cada existência corporal, com as suas imposições e necessidades, torna-se a personalidade de que se reveste o Espírito, a fim de atingir a destinação que o aguarda.

A individualidade é eterna; a personalidade é transitória; a individualidade é estrutura; a personalidade é o revestimento; a individualidade permanece; a personalidade é cambiante; a individualidade é legítima e aprimorável; a personalidade extravasa, formaliza e apresenta; a individualidade aprimora, realiza e afirma; a personalidade desgasta-se e desaparece; a individualidade esplende e agiganta-se… A personalidade é máscara produtora de nefasta paralisia espiritual que oculta, na maioria das vezes o que se pensa e o que se é, em realidade.

A individualidade é o corolário natural do somatório das conquistas adquiridas através dos êxitos ou fracassos logrados ao longo das reencarnações.

A gema sem lapidação, jamais fulgura.   A semente que não se doa à terra não realiza sua missão de multiplicar e produzir vida.

Quem somos nós e o que pretendemos alcançar? Somos Espíritos imortais e buscamos a felicidade sem mescla e a perfeição relativa que podemos atingir. Tal meta só será conquistada a partir do momento em que formos menos ciosos de nossa personalidade, substituindo-a pelo amor que une as criaturas e dignifica a vida”.

Sejamos na aparência externa conforme nossa evolução interior.

Cansados do jogo das aparências, realizemo-nos intimamente, desatando as aptidões superiores que jazem no imo de cada um de nós, aguardando oportunidades para auxiliar-nos no crescimento vinculado às finalidades elevadas da vida.

A coerência entre o exterior e o interior deve mesclar-se com nossas ações purificadas nas águas lustrais da gentileza, da nobreza, da abnegação, do devotamento, da afabilidade, da doçura e da lealdade…

A nossa aparência exterior deve espelhar a nossa realidade interior e para isso grandes esforços devemos aplicar para que se harmonizem a individualidade e a personalidade a fim de refletirmos os ideais de beleza e amor que vitalizam as rotas da evolução.

Rogério Coelho

Referência:
[1] – KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 121.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. XI, item 8.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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