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Lançamento da 1ª edição de O Céu e o Inferno

agosto 26, 2024

No dia 1º de agosto de 1865, Allan Kardec lançou a primeira edição do livro O Céu e o Inferno. Esse livro trouxe à tona revelações através de depoimentos de espíritos que por meio da psicografia, se comunicaram fazendo uma narrativa do seu retorno à vida espiritual, essa obra completou agora em agosto de 2024, 159 anos.

São depoimentos muito interessantes que nos mostram a diversidade evolutiva em que nos encontramos, assim como o desdobramento das nossas atitudes e escolhas feitas no mundo material em nossa vida espiritual.

Somos herdeiros de nós mesmos e ao desencarnar, após a morte do corpo físico, vamos de encontro das questões que tivemos dificuldade de superar ou aquelas que nos comprometemos pelo mau uso do livre arbítrio.

O livro O Céu e ó Inferno é o quarto livro da codificação espírita, tendo sido antecedido pelo Livro dos Espíritos em 18 de abril de 1957, Livro dos Médiuns em janeiro de 1861 e Evangelho Segundo o Espiritismo em 15 abril de 1864.

Todos os livros têm uma importância histórica fundamental para compreensão da Terceira Revelação, porém por questões de necessidade e curiosidade, recorremos mais ao Livro dos Espíritos e ao Evangelho.

Entre as peculiaridades dessa obra, encontramos na Segunda Parte, os exemplos de depoimentos, através de psicografias de espíritos em diferentes graus evolutivos, sendo que antes relata, no:

Cap. I – O Passamento, as condições morais em que as pessoas se encontravam no momento do seu desencarne, levando em conta o tipo de vida que sempre viveram e dando continuação, os exemplos de evolução do senso moral de vários espíritos:

E depois:

Cap. II – Espíritos felizes; Cap. III – Espíritos em condições medianas;

Cap, IV – Espíritos sofredores; Cap. V – Suicidas;

Cap. VI – Criminosos arrependidos; Cap. VII- Espíritos endurecidos;

Cap. VIII – Expiações terrestres.

Várias histórias abrangendo as diferentes categorias de espíritos no processo de desencarnação, procuram nos mostrar o despertamento no plano espiritual dos espíritos nos diferentes graus evolutivos e do comprometimento de ordem moral.

Vamos comentar o caso do espírito Joseph Bré:

“Morto em 1840, evocado em Bordeaux em 1862 pela neta.

O homem honesto segundo Deus ou segundo os homens.

  1. Querido avô, quereis dizer-me como estais entre os Espíritos, e dar-me alguns detalhes instrutivos para nosso avanço?
  2. Tudo o que quiseres, minha querida filha. Estou expiando minha falta de fé; mas a bondade de Deus é grande: ele leva em conta as circunstâncias. Sofro, não como poderias entender, mas de arrependimento por não ter empregado bem meu tempo na terra.” (1)

Podemos observar por esse relato, que devemos ser coerentes nas nossas atitudes não apenas diante dos homens, mas para com nossa consciência e para com Deus. Não basta ser um homem de bem, honesto e cumpridor das suas obrigações na frente dos outros, é necessário que em seu íntimo seja verdadeiro em seus sentimentos, o que pelo visto o Espírito Joseph Bré, não era.

Na frente das pessoas tinha um comportamento, porém por trás ou pelas costas, tinha outro diferente. Muito parecido com a grande maioria da Humanidade que não consegue se definir moralmente e acaba ocultando publicamente algumas situações infelizes, que todos nós na condição moral que nos encontramos, podemos ser parecidos, por uma questão de conveniência pessoal para cada um.

Os ensinamentos do livro O Céu e o Inferno se dão por exemplos e depoimentos de espíritos em diferentes níveis evolutivos que procuram nos exortar a uma mudança de conduta moral, pois a felicidade é uma conquista individual de cada um de nós, como um desdobramento da nossa Reforma Íntima.

Referências:
(1) Kardec, Allan; O Céu e o Inferno; 2a parte, Capítulo III – Espíritos em condições medianas; e
(2) Wikipédia (Enciclopédia livre).

Márcio Costa
Márcio Costa

Membro do Conselho Editorial da Agenda Espírita Brasil, atua na divulgação da Doutrina Espírita escrevendo textos e realizando palestras.

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