hora vazia

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Hora vazia?! Jamais!…

outubro 16, 2024

A obrigação moral de tornar-se útil jamais cessa

“(…) O tempo gasto na inutilidade é linfa
preciosa a evaporar-se no chão do descaso”.
Camilo[1]

O ócio é palavra inexistente no dicionário da Natureza… As criaturas ocupadas em fazer nada serão penalizadas pelos talentos enterrados e não multiplicados.

De acordo com a resposta dos Espíritos Superiores à q. 677 de “O Livro dos Espíritos”, “tudo em a Natureza trabalha, desde os animais até os homens”.

A obrigação moral de tornar-se útil jamais cessa. Lembremo-nos que os ociosos são rapidamente alcançados pela miséria física e moral.

Afirma um “Espírito Amigo”[2]: “o momento perigoso para o cristão decidido é o do ócio, não o do sofrimento nem o da luta áspera… Os repulsivos germes criminógenos de muitos males que pesam negativamente sobre a economia da sociedade se desenvolvem durante os minutos de desocupação e ociosidade.

Cuidado com a hora vazia, sem objetivo, sem atividade… Nesse espaço, a mente engendra mecanismos de evasão e delira. Cabeça ociosa é perigo à vista. Mãos desocupadas facultam o desequilíbrio que se instala. Grandes males são maquinados quando se dispõe de espaço mental em aberto.

Se por alguma circunstância, surge-te uma hora vazia, preenche-a com uma leitura salutar, ou uma conversação positiva, ou um trabalho que aguarda oportunidade para execução, ou uma ação que proporcione prazer”.

Naturalmente que não há necessidade de nenhum desbordamento para o campo da motricidade neurotizante conforme o exemplo de Marta, irmã de Maria e Lázaro das Escrituras, mas, como aconselha Thereza de Brito[3]: “(…) apenas evitará as horas vazias, preservando-se da inutilidade daqueles que, por estarem ocupados em não fazer nada, deixam de servir, desvalorizando os minutos”.

Os Céus devolver-nos-ão em bênçãos e acréscimos de paz e amor o bem que tenhamos sido capazes de espalhar… Não esqueçamos da célebre frase de Jesus[4]: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.

Como então, podemos nós, praticamente no início da marcha evolutiva, entregarmo-nos ao ócio se o Pai Celestial e Jesus não cessam de trabalhar?!

Segundo Meimei[5],“(…) O trabalho é a bênção que Jesus nos oferece no santuário do espaço e do tempo, e, por isso mesmo, aceitá-lo, aperfeiçoando-o, constantemente, com a nossa atuação, é descobrir, para nós próprios, a estrada de acesso à glória celestial”.

Emmanuel[6] não nos deixa esquecer que “o trabalho é o dissolvente de nossas mágoas e ajuda, sem distinção, na certeza de que, na alegria dos outros, encontraremos alívio e consolação, para os nossos pesares”; por tudo isso, não sem razão, afirmou André Luiz (espírito) que “o trabalho estabelece raios libertadores”.

Rogério Coelho

Referências:
[1] – TEIXEIRA, J. Raul. Correnteza de luz. Niterói: FRÁTER, cap. 27;
[2] – FRANCO, Divaldo. Episódios diários. Salvador: LEAL, 1986, cap. 8;
[3] – TEIXEIRA, J. Raul. Vereda familiar. 5.ed. Niterói: FRÁTER, 1981,cap. 3;
[4] – Jo., 5:17;
[5] – XAVIER, F. Cândido. Cartas do coração. 3.ed. S.Paulo: LAKE, 1999; e
[6] – XAVIER, F. Cândido. Cartas esparsas.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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