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Títeres

novembro 3, 2024

“Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?
Mais do que imaginais, pois com bastante frequência são eles que vos dirigem”
(Questão 459 do Livro dos Espiritos)

Já diz o sábio ditado popular “me diga com quem andas e eu te direi quem és”. Ee não é que nele se encerra mais um ensinamento?

Somos seres únicos, especiais, filhos de Deus, perfectíveis e, mais importante, dotados de liberdade para os nossos atos e, no entanto, permitimo-nos, muitas vezes, “seguir a boiada” ou “pensar com a cabeça dos outros”. Como resultado inexorável da Lei de Causa e Efeito, somos responsáveis e arcaremos com as consequências tanto do que pensamos como do que fazemos efetivamente.

O fato de alguém, encarnado ou desencarnado, nos influenciar não nos diminui em nada a nossa responsabilidade; já que a decisão final, apesar de qualquer influenciação, é sempre nossa.

Nem o diabo, nem os obsessores, nem as más companhias, nem nossos mentores, nem espíritos elevados e, acreditemos, nem Deus pode ser responsabilizado pelo que fazemos ou deixemos de fazer, mas, como afirma a resposta da questão 459 do Livro dos Espíritos, com muita frequência, deixamos que outros nos guiem.

Sabe aquela coisa de mãe que diante da insistência do filho em fazer algo porque “todo mundo está fazendo”, ela diz: “- se todo mundo se jogar da ponte você vai se jogar também?” – é isso. Nós não nascemos para sermos marionetes, sermos guiados, nem salvos, muito menos condenados por alguém, devemos viver, errar e acertar, ora aprendendo, ora apanhando, por nós mesmos.

Termos as rédeas de nossas vidas em nossas mãos, sermos de verdade, como somos, artífices do nosso destino. Essa doutrina fantástica nos elucida a responsabilidade individual que possuímos sobre nós mesmos, nos alerta das consequências disso sobre nós e, caso permitam, sobre outras vidas.

Temos que nos vigiar para que não sejamos nem títeres nas mãos de outras pessoas, encarnadas ou não e, muito menos, aqueles que manipulam as cordinhas na vida de outros. Não adiantará, ao fim de tudo, colocar a culpa em alguém.

André Tarifa