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Uma hora

novembro 10, 2024

“E voltando-se para os seus discípulos, achou-os adormecidos e disse à Pedro:
– Então, nem uma hora pudeste velar comigo?”
 (Mateus 26:40)

Emannuel nos afirma, textualmente: “Jesus veio à Terra acordar os homens para a vida maior”.

Os discípulos que o acompanharam na noite fatídica, adormeceram ante o cansaço do dia e o avançado da hora, não sendo capazes de manter a vigília junto ao Mestre. Três anos de convivência e aprendizado e, ainda assim, deixaram-se levar pelo sono.

Somos também nós, não apenas os crentes, mas os seguidores de Jesus convocados ao serviço e à vigília. Vigiando a nós mesmos, atentos que devemos ser às correções de nossas más tendências e, sobretudo, à prática da Lei de Amor, abrindo os olhos e estendendo os braços a todos os que necessitarem. Devemos, sem sombra de dúvidas entregar o nosso melhor ao meio em que vivemos e circulamos.

No entanto, inúmeros são os desafios e incontáveis são os caminhos que nos desviam da missão para conosco e para com o outro. O mundo de hoje, além de nossas próprias provas, oferece muitas distrações a nos desviarem a atenção com muita facilidade.

A sensação, cada vez maior, que o tempo está passando rápido demais, torna-se fato se nos entregarmos às futilidades que o mundo nos oferece, sobretudo em se tratando de streamings e redes sociais; perdemos horas com cultura inútil.

O natural cansaço das atividades cotidianas já são, por si só, adversárias à prestação dos serviços na seara cristã, exigindo-nos o empenho do esforço e renúncia. Não deixemos que as superficialidades da vida nos façam adormecer para o que realmente é importante.

Acresça-se a isso a determinação em focarmos apenas nas conquistas materiais que, em nossa visão estreita, significam sucesso e evolução.

Afinal, não seria esta encarnação, perante toda a eternidade que nos aguarda, o equivalente a apenas uma hora?

Cabe a nós escolher como queremos passar por ela, dormindo ou despertos.

André Tarifa