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Valorizemos a vida! É hora de rompermos tabus

outubro 21, 2016

“O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira? Pois não há nada que poderei pagar para ter de volta essa vida. Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai com os seus anjos e então recompensará cada um, de acordo com o que fez”. (1)

“Não nos deixemos arrebatar demasiadamente pelo esplendor do panorama divino da Vida que, a muitos, ofuscou. A evolução do Espírito para a Luz é bela e grandiosa. A vida do homem, na sua incessante escalada para o melhor até o divino, é gloriosa epopeia que honra aquele que vive! Mas o trajeto é duro. Os espinhos semeiam essas estradas redentoras, exigindo do peregrino da Luz as mais ativas energias, os mais edificantes sacrifícios! O entusiasmo por si só não levará ninguém à vitória real, senão à aventura duvidosa!
Pondera na necessidade de te aprestares com armas morais sólidas, para a travessia tumultuosa…”
(2)

A morte dada a si mesmo não acaba com a vida, o presente precioso oferecido por Deus aos seus filhos. Vejamos na questão 153 de O Livro dos Espíritos o que nos diz a Espiritualidade:

“153. Em que sentido se deve entender a vida eterna?
‘A vida do Espírito é que é eterna; a do corpo é transitória e passageira.
Quando o corpo morre, a alma retoma a vida eterna.’
a) Não seria mais exato chamar vida eterna a dos Espíritos puros, dos que, tendo atingido a perfeição, não estão sujeitos a sofrer mais prova alguma?
‘Essa é antes a felicidade eterna, mas isto constitui uma questão de palavras. Chamai as coisas como quiserdes, contanto que vos entendais’. ” (3)

À sombra do silêncio: o tabu, o medo e a ignorância engessam o homem na culpa.

“A culpa engessa o espírito, que se julga merecedor de todos os males. A responsabilidade traz a consciência do desequilíbrio e a necessidade de restauração”. (4)

Temos a responsabilidade de sair da sombra e encarar a defesa da vida.

Somos frágeis? Sim, na maioria das vezes que, magoados, isolados e com medo ausentamo-nos e tememos o enfrentamento de nós mesmos.

Deus nos coloca na matéria, com um corpo físico específico e particular para o aprendizado e a correção de equívocos. Somos responsáveis por este veículo que conduz nosso Espírito nesta eterna viagem da Vida. Abandoná-la antes do término da lição não nos libertará das lições inacabadas.

Buscamos a felicidade, a plenitude de ideais e conquistas. Todavia, muitos buscam o Ter, esquecendo-se do Ser, desconsiderando que a felicidade é a combinação entre o grau e a frequência de emoções positivas, o nível médio da satisfação que a pessoa obtém, durante um longo período de ausência de sentimentos negativos como tristeza e raiva.

A verdadeira felicidade é a plena consciência, repleta de ideais e de beleza em seu mundo interior, estando felicidade e infelicidade vinculadas à emoção.

Ser feliz é uma possibilidade ao alcance do indivíduo, bastando amar, pois quando se ama não se perde, ao contrário, se ganha.

O Evangelho de Jesus ensina-nos o real sentido da vida, ao possibilitar-nos o entendimento de que a morte não é o fim, antes é a porta para outra dimensão da mesma realidade, a espiritual, bastando ao homem fazer com que a felicidade comece neste mundo, ao implantar o Reino de Deus em seu coração.

Perpetuemos o “setembro amarelo” em nossa consciência, valorizando toda a forma de vida, a cada dia que, lucidamente, abrimos nossos olhos para despertar de um novo dia, de uma nova página no capítulo da construção de nós mesmos. Amarelo como a luz do sol, esse astro Rei aquece e ilumina-nos, alegra-nos em cada novo amanhecer.

Digamos “Não ao Suicídio” e saiamos da sombra do silêncio, pois nós todos somos suicidas quando, distanciamo-nos dos valores morais, afastamo-nos de Deus e, iludidos, colocamos a busca da felicidade na satisfação das necessidades fisiológicas e sociais, sendo inevitável que o nosso despertar seja deprimente, cansativo e destituído de significado real.

Tais paradoxos humanos produzem vidas vazias e ressequidas, sem um sentido existencial e sem significado para lutar e crescer, interiormente, fazendo com que não descubramos a verdadeira felicidade de viver.

A morte não é ponto final de tudo quanto existe. Estejamos certos que a eternidade é a nossa sublime herança.

Estejamos dispostos a lutar! A lutar para aprender, realizar e vencer!

“Sei o que me aguarda no embate das existências que se sucederão no meu trajeto! Sei que de horas amargas hão de sacudir-me as potências da alma… Mas não importa! Não importa! Eu sou imortal! E se um Deus Todo Poderoso me destinou à Eternidade, será para a realização de um ideal sublime…”. (2)

Que a paz de Jesus esteja com todos.

Ângela Telles

Referências Bibliográficas:
(1) Mateus 16: 26 – 27;
(2) Trechos adaptados do Capítulo “Prelúdios de Reencarnação” do livro “Memórias de um Suicida”, pelo Espírito Camilo Cândido Botelho, sob a orientação do Espírito Léon Denis, psicografia de Yvonne A. Pereira;
(3) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos; e
(4) “Só por amor”, pelo Espírito Leonel, psicografia de Mônica de Castro.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em
<http://www.fernhurstcourt.com/help-at-home/child-safety/#!prettyPhoto>.
Acesso em: 21OUT2016.

Ângela Maria Telles
Ângela Maria Telles

Estudiosa da Doutrina Espírita desde a adolescência, trabalha no Grupo Espírita Francisco Xavier em Porto Alegre/RS, atuando como Médium , Palestrante e Facilitadora do estudo da Doutrina Espírita. Profissionalmente atua como Cirurgiã Dentista.

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