O Dia da Mulher

Antônio Carlos Navarro
09/03/2018
1085 visualizações

Quando de nossas visitas às instituições prisionais onde participamos dos trabalhos relacionados à evangelização espírita junto aos nossos irmãos e irmãs encarcerados, não nos cansamos de admirar o devotamento das mulheres que vão visitar os reeducandos.

No estabelecimento masculino, a presença das mulheres é maciça e beira a totalidade dos visitantes. São mulheres que visitam pais, maridos, companheiros, filhos, irmãos e sobrinhos, e no estabelecimento feminino o “fenômeno” se repete. Elas visitam mães, companheiras, filhas, irmãs e sobrinhas.

Quando alguém é encarcerado pelo sistema judiciário, as mulheres se põem a postos para consolar e amparar, enquanto os homens “desaparecem”.

Interessante notar que muitas das internadas no estabelecimento feminino só foram parar lá por causa de algum homem, e estes as abandonam quase que sumariamente.

Percebe-se, nessas circunstâncias, o quanto as mulheres são mais desenvolvidas do que os homens no sentido da solidariedade e fraternidade, no devotamento e na abnegação, sujeitando-se a situações vexatórias para poder estar junto do ente que lhe é caro.

Sabemos, com a Doutrina Espírita, que são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres, e que a escolha da polaridade sexual para reencarnar-se se funda na escolha das provas por que haja de passar, porque os sexos, além disso, só existem na organização física.

Sabemos também que as funções a que a mulher é destinada pela natureza são, em relação ao homem, de importância maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.

Assim, nós homens estamos muitos passos atrás em relação às mulheres no desenvolvimento do sentimento, do amor, e da solidariedade, e talvez este seja um dos motivos pelos quais elas estão “atropelando” os homens nas mais diversas áreas onde outrora eram destinadas exclusivamente ao sexo masculino.

Nós homens devemos tudo às mulheres: a vida, a formação, o amparo, o companheirismo e muito mais, por isso é preciso conscientizarmo-nos, definitivamente, que são iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos, e que o predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem é resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens, moralmente, pouco adiantados, a força faz o direito.

Na antevéspera do Dia Internacional das Mulheres, nós as parabenizamos, reconhecidos, pedindo a Deus que dê forças e lucidez espiritual aos homens para aprendermos a ser dedicados a elas tanto quanto elas são a nós.

Nós, homens, pensemos nisso.

Antônio Carlo Navarro

Veja também

Ver mais
15.03.2025

Mês Espírita 2021 – de 01 a 29 de Julho. Em Comemoração aos 25 anos de Fundação da Comunidade Espírita Seara de Luz – Bilac/SP

A Comunidade Espírita Seara de Luz – Bilac/SP, tem a alegria de convidar para prestigiar o MÊS ESPÍRIT@ 2021, de 01 à 29 de Julho. Em comemoração dos 25 anos…
15.03.2025

Monstros que atacam a felicidade

Felicidade é sinônimo de harmonia interior e está muito além de posses materiais, prestígio social, poder, posses, autoridade. Esses são efêmeros, passageiros. Aquela, para ser real, precisa ser conquistada interiormente.…
15.03.2025

Ajuda-te, que o Céu te ajudará com Geraldo Campetti

“Ajuda-te, que o Céu te ajudará” será o tema da Palestra Virtual da FEB neste domingo, 27 de junho, às 17h, realizada pelo vice-presidente da FEB, Geraldo Campetti, com direção…
Abrir bate-papo
Precisa de ajuda?
Olá! Como podemos ajudá-lo(a)?