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A celeste precursora da caridade

janeiro 21, 2020

O egoísmo e o altruísmo jamais podem ocupar o mesmo lugar no espaço

 “(…) Qual, pois destes três te parece que foi o
próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?”
(Lc., 10:36).

Fiz parte da exemplificação e didática de Jesus; estive presente no coração do Samaritano que auxiliou a vítima dos salteadores da estrada Jerusalém-Jericó; minha presença também se fez notar no coração maternal da ex-obsidiada de Magdala e do severo Tapeceiro Tarcense que se transformaram em Cartas Vivas do Cristo; fiz-me presente na alma do doce “Poverello” de Assis e de tantos outros anônimos cujos nomes a História não registrou, mas que estão inscritos na Contabilidade Divina; sou a porta que se abre na direção dos Anjos do Senhor; tenho, às vezes um sabor acre/doce, visto que germino sempre ao lado dos sofredores, mas sou, na prática, a testemunha viva e insofismável dos ensinamentos do Meigo Rabi; sou o sentimento multifacetado que toda criatura necessita acoroçoar no imo d`Alma, a fim de conquistar a própria paz; sou o sentimento mais apropriado a fazer que a  humanidade progrida; estimulo todos os bons sentimentos; nunca me aproximo dos distúrbios e aborrecimentos, e  todo gesto estóico que salva preciosas vidas, nasce de minhas entranhas…

Antes que chegue minha irmã-caridade, já me encontro no proscênio da necessidade como sua precursora, pois sei descobrir e auxiliar em todo festival de angústias no palco desolador das dores humanas; sou a virtude que mais aproxima o homem da angelitude, sou a mais lídima expressão do vero amor…

O Espírito Miguel afirma (1) que sou “(…) o sentimento mais apropriado a fazer que progridam os homens, dominando-lhes o egoísmo e o orgulho; sentimento este que dispõe a alma humana à humildade, à beneficência e ao amor ao próximo; o responsável por comover desde a intimidade até às fímbrias das criaturas quando estas se deparam com os sofrimentos dos filhos do Calvário; a força que as impele a dar-lhes mãos socorredoras e lhes arranca lágrimas de simpatia…”  

Jamais posso compartilhar o mesmo espaço com o egoísmo e tampouco com a indiferença da consciência ancilosada!… Foi utilizando meus abendiçoados recursos que Jesus descerrou os véus que encobriam os mistérios ocultos e tristes da morte, descortinando os painéis da Eternidade sem fim… Agasalhem-me no coração e deixem-se levar pelos suaves influxos de minha dileta irmã, a Caridade, e retribuirei com paz, harmonia, serenidade e amor, pois me chamo PIEDADE!…    

Rogério Coelho

Referência:
(1) KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 129.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. XIII, item 17.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://br.pinterest.com/pin/127860076899412609/?lp=true>. Acesso em: 21JAN2020.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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