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O Caminho do triunfo

novembro 17, 2023

Estamos acostumados a pedir a Deus nos conceda a tão desejada felicidade de êxito em tudo que fazemos. No entanto, esquecemos de proceder da mesma forma com nosso semelhante quando lhe ofertamos o veneno do pessimismo, o espinho da intolerância e o desprezo pelas suas necessidades e sofrimentos.

Maldizemos aos gritos, rogando o pior para aquele que em alguma coisa nos contrariou os interesses mesquinhos; pedindo a Deus seu definitivo afastamento de nossas vidas, achando que é esse o procedimento de alguém que quer ter de Deus o auxílio e a atenção naquilo que deseja alcançar.

É hora de usar a inteligência e fazer uso do bom senso e de todas as instruções recebidas nas páginas recebidas pelos médiuns de reconhecido procedimento moral em concordância com o que divulgam, isto é, dão exemplo de que também são para eles as instruções dos Espíritos Superiores, e não apenas para os outros.

Quando lemos nos diversos livros da literatura espírita que o irmão necessitado que cruza nosso caminho, assim como os diversificados desafios que a vida nos propõe, constituem oportunidades de subida de alguns degraus na escada da evolução a caminho da pureza e da paz de Espírito que tanto suspiramos por alcançar, é necessário que meditemos com sinceridade se estamos entendendo dessa forma.

Em família, quando sorvemos o fel da ingratidão de familiares, o azedume e o pouco caso daqueles a quem mais nos dedicamos, simples são exemplos dos convites e apelos propostos pela Lei  de Causa e Efeito para a nossa reparação aos danos causados a outrem em atendimento à determinação da Lei de Amor e Caridade na qual todos estamos inseridos. Não existe outro caminho, é justamente esse o segredo para o triunfo.

Encontramos em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo X, item 16, esse alerta para nós seguidores da doutrina espírita conforme segue.

A Indulgência

“Espíritas, queremos falar-vos hoje da indulgência, sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso. A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los. Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente, e, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção. A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço; mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, não tem nos lábios censuras; apenas conselhos e, as mais das vezes, velados. Quando criticais, que consequência se há de tirar das vossas palavras? A de que não tereis feito o que reprovais, visto que estais a censurar; que valeis mais do que o culpado. O homens! quando será que julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos? Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos? Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros. Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes: anátema! tereis, quiçá, cometido faltas mais graves. Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. – José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)”

O ser humano, com sua tríplice constituição, Espírito, perispírito e matéria, é um conjunto harmônico sob o comando da consciência que é emanação Divina do reto procedimento, na qual se encontram arquivadas as leis de Deus, de acordo com o nível de evolução, de cada criatura, facultando-lhe as necessárias experiências para que sejam realizadas e assimiladas, de forma a se transformem em conhecimento para que ele saiba melhor discernir as sensações dos sentimento, servindo sempre de base para realizações positivas do futuro.

“Qual a atitude mental que mais favorecerá o nosso êxito espiritual nas atividades do mundo?

Essa atitude deve ser a que vos é ensinada pela lei da reencarnação em que vos encontrais, isto é, a do esquecimento de todo mal para recordar apenas o bem e a bendita oportunidade de trabalho e edificação, nos patrimônios do tempo.

Esquecer o mal é aniquilá-lo, e perdoar a quem o pratica é ensinar o amor, conquistando afeições preciosas.

Daí a necessidade do perdão, no mundo, para que o incêndio do mal possa ser exterminado, devolvendo-se a paz legítima a todos os corações.”
(Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel, livro Visão Nova, cap. 7).

Assim sendo, não esqueçamos de que colheremos, infalivelmente, aquilo que houvermos semeado. Se hoje estamos sofrendo, certamente estamos colhendo os frutos amargos das plantações equivocadas do passado, e que nos resta estarmos vigilantes quanto ao momento presente para que nossa presente semeadura nos garanta uma colheita farta de frutos doces que nos garantam alegria e felicidade.

É da Lei, que cada um colha exatamente aquilo que plantou.

Jesus nos guie!

Francisco Rebouças

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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