espírita consciente

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Cidadão espírita consciente

julho 11, 2024

Já estamos nos aproximando da data em que seremos convocados ao exercício da democracia, depositando nossos votos para a escolha dos dirigentes políticos administrativos dos Poderes Legislativo e Executivo na esfera Municipal.

Trata-se de momento de exercitar nossos deveres políticos e partidários: uns candidatando-se a ocupar os cargos de vereadores e prefeitos; outros a obrigação legal de escolher e votar nos candidatos que se apresentarem ao pleito.

Entre pessoas que se dizem espíritas, alguns não gostam de participar desse certame e mesmo argumentam que o espírita não deve se imiscuir na política. Será que, verdadeiramente, essa é a posição da Doutrina Espírita?

Vamos, então, à sua fonte em O Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec, onde encontramos seguras diretrizes para analisarmos essa questão. Para tanto, iremos até a sua 3ª Parte – Das Leis Morais, no capítulo VII – Da lei de sociedade. (1)

Na questão nº 766, Allan Kardec indaga:

A vida social está em a Natureza? Respondem os Mentores Espirituais: Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu, inutilmente, a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação social.

Já comentamos:

“Torna-se evidente que a pessoa tem um compromisso com a sociedade em que vive.” (2)

Mais adiante Allan Kardec questiona a motivação para essa convivência, na questão nº 768:

“Procurando a sociedade, não fará o homem mais do que obedecer a um sentimento pessoal, ou há nesse sentimento algum providencial objetivo de ordem mais geral? “

A resposta é clara e precisa:

“O homem tem que progredir. Insulado não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contato com os outros homens. No insulamento ele se embrutece e estiola.”

Por isso a História mostra, desde os primórdios, os seres humanos se aglutinando, formando grupos, tribos e comunidades. A civilização ocorre justamente pela organização cada vez melhor desses grupos, surgindo, então as diversas formas de administração dessas organizações sociais. A estrutura melhor organizada, embasada em leis justas e equânimes, revela-se nas sociedades democráticas, onde o sistema eleitoral, com base no voto dos cidadãos é fundamental na escolha dos dirigentes dos Poderes Legislativo e Executivo.

O Espiritismo demonstra então que o espírita não pode se omitir no cumprimento dos seus deveres cívico e político, participando como eleitor, ou mesmo, se para tal vocacionado, na concorrência aos cargos eletivos, tendo sempre como objetivo maior o Bem comum.

Aylton Paiva

Referências Bibliográficas:
(1) O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, capítulo VII – Da lei de sociedade:
(2) Espiritismo e política – Contribuições para a evolução do ser e da sociedade. Capítulo 7 – A sociedade na perspectiva espírita. Aylton Paiva. Editora FEB.

Nota do Editor:
Imagem em destaque obtida em < https://www.camara.leg.br/ >. Acesso em 11JUL2024.

Aylton Paiva
Aylton Paiva

Cooperador na Casa dos Espíritas, em Lins, interior de SP, estudioso do Espiritismo e desejoso de aplicar sua Filosofia na própria vida, além de Esperantista.

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