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Um corpo feito para amar!

agosto 4, 2024

Quantos milênios gastou a natureza divina para realizar a formação da máquina física em que a mente humana se exprime na Terra?

O corpo é para o homem santuário real de manifestação, obra-prima do trabalho seletivo de todos os reinos em que a vida planetária se subdivide.(1)

A humanidade elegeu as 7 maravilhas da Terra, que são obras finitas, feitas pelo homem, mas esquecemos das maravilhas da natureza que Deus nos proporcionou de graça para que tivéssemos a experiência neste palco no plano material para que aprendamos a amar, e uma delas é o nosso sagrado corpo humano.

Este tema chamou-nos a atenção por ocasião das palestras da Agenda Espírita Brasil proporcionadas em nosso canal no YouTube, Facebook e na Web Nosso Lar, nas quartas-feiras, às 19h, quando foram apresentadas reflexões sobre os capítulos 3 (O santuário divino), 4 (Na senda evolutiva) e 5 (Nos Círculos da Matéria) da obra Roteiro, de Emmanuel. A cada semana, normalmente, apresentamos um capítulo da mesma obra com um palestrante diferente.

Apreciemos uma descrição de Emmanuel, no capítulo intitulado O santuário divino (1):

Por mais se agigante a inteligência, até agora não conseguimos explicar, em toda sua harmoniosa complexidade, o milagre do cérebro, com o coeficiente de bilhões de células; o aparelho elétrico do sistema nervoso, com os gânglios à maneira de interruptores e células sensíveis por receptores em circuito especializado, com os neurônios sensitivo, motores e intermediários, que ajudam a graduar as impressões necessárias ao progresso da mente encarnada, dando passagem à corrente nervosa, com a velocidade aproximada de 70 metros por segundo; a câmara ocular, onde as imagens viajam da retina para os recônditos do cérebro, em cuja intimidade se incorporam às telas da memória, como patrimônio inalienável do Espírito; o parque da audição, com seus complicados recursos para o registro dos sons e para a fixação deles nos recessos da alma, que seleciona ruídos e palavras, definindo-os e catalogando-os na situação e no conceito que lhe são próprios; o centro da fala; a sede miraculosa do gosto, nas papilas da língua, com um potencial de corpúsculos gustativos que ultrapassa o número de 2 mil; as admiráveis revelações do esqueleto ósseo; as fibras musculares; o aparelho digestivo; o tubo intestinal; o motor do coração; a fábrica de sucos do fígado; o vaso de ferramentas do pâncreas; o caprichoso sistema sanguíneo, com suas milhares de vidas microscópicas e com suas artérias vigorosas, que suportam a pressão de várias atmosferas; o avançado laboratório dos pulmões; o precioso serviço de seleção dos rins; a epiderme, com os seus segredos dificilmente abordáveis; órgãos veneráveis da atividade genésica e os fulcros elétricos e magnéticos das glândulas no sistema endócrino.

Com o corpo humano, temos na Terra o mais sublime dos santuários e uma das supermaravilhas da Obra Divina.

Todo esse sistema e muito mais, que não foi citado, para manter a nossa vida no mundo físico, coordenados por nosso espírito, sedento de aprendizado para voltar para o Pai, como o filho pródigo. E mais ainda, sabemos que todo esse sistema físico está intimamente integrado a corpos de matéria rarefeita que proporcionam uma troca de energia, vejamos em “Entre a Terra e o Céu”(2):

Como não desconhecem, o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o habitat que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, induzido a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhes são afins. O crescimento do influxo mental, após abandonar o corpo terrestre, está na medida da experiência adquirida e arquivada em nosso próprio espírito. Atentos a semelhante realidade, é fácil compreender que sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções dos espíritos, maior é a sutileza do nosso envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz reinantes na Criação Divina.

Voltamos à carne de quando em quando, carregando no corpo físico as imperfeições da alma para a purificação. Cada vez que vencemos uma doença do corpo ou da alma, daremos um passo a mais para a luz. Na próxima reencarnação, nosso espírito já consegue produzir um corpo mais saudável, uma mente com sentimentos mais sublimados.

A energia mental é o fermento vivo que improvisa, altera, constringe, alarga, assimila, desassimila, integra, pulveriza ou recompõe a matéria em todas as dimensões.

Por isso mesmo, somos o que decidimos, possuímos o que desejamos, estamos onde preferimos e encontramos a vitória, a derrota ou a estagnação, conforme imaginamos.(1)

Somos tão privilegiados, que quando vamos dormir à noite, enquanto nosso corpo físico se recompõe, nosso perispírito vai “passear” pelo mundo espiritual, mas está seguro pelo “cordão de prata”(3) que é elástico, se estendendo ao infinito, e com isso podemos participar de cursos no plano astral, visitar nossa família espiritual, rever nossos entes queridos desencarnados, conversar como nosso mentor espiritual, ou podemos nos vincular aos nossos vícios negativos, por vezes piorando nosso estado mental; somos livres para decidir.

Então, precisamos valorizar cada experiência que temos na vida, precisamos fazer desta reencarnação agora, a melhor de todas, porque a Fonte Criadora e Misericordiosa nos proporciona todo um manancial de recursos para desfrutarmos dela do melhor jeito que pudermos. E o nosso “burrinho”, como Chico Xavier chamava o seu corpo físico, é um sagrado instrumento para aprendermos a sublimar os sentimentos até a amar mesmo, de verdade.

Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Referências:
(1) XAVIER, Francisco Cândido, pelo espírito Emmanuel. Roteiro, capítulos 3,4 e 5;
(2) XAVIER, Francisco Cândido, pelo espírito André Luiz. Entre o Céu e a Terra. Cap.20; e
(3) BORGES, Wagner. Viagem Espiritual – A projeção da consciência. Capítulo: Características do cordão de prata.

Maria Lúcia Garbini Gonçalves
Maria Lúcia Garbini Gonçalves

Tradutora, mora em Porto Alegre/RS, estudante da Doutrina Espírita, trabalha no Grupo Espírita Francisco Xavier como médium.

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